saojosecorreiafas @ 19:18

Dom, 20/07/08

 

"Não tenho conseguido grande coisa a dois"

Trabalho não lhe falta, nem sequer o reconhecimento do público, mas SJC está a atravessar um momento triste, entre outras revelações surpreendentes.


Acabou "DMA". O que se segue?

Estou a gravar "Equador". E lá para Setembro é possível que entre na nova novela do Rui Vilhena.

Está cansada de fazer sempre de sedutora?

Não posso dizer que esteja cansada. Acabo sempre por encontrar vertentes diferentes em cada sedutora. Quando os objectivos de vida das personagens são diferentes, o comportamento é outro. Por tudo isto não sinto que tenha estado sempre a fazer o mesmo papel.

Mas sente-se a estrela da televisão portuguesa?

Não. Nada disso. Não me sinto uma "sex symbol". Sou gira, sim. Não me considero feia e gosto de ser como sou. Já me aceitei há muito tempo. Resolvi muita coisa na adolescência. Hoje, aceito-me com todos os defeitos que tenho e, por isso, não me sinto vedeta nem sequer a "boazona".

Já recusou muitos trabalhos?

Por norma nunca recuso um trabalho, nem para ir de férias... só se for uma proposta muito má. Preciso de trabalhar e não é só pelo dinheiro, mas porque a minha carreira é baseada no fazer e ver fazer.

Alguma vez pensou em desistir da sua carreira?

Desistir não, mas por vezes há um cansaço. Nesta profissão temos de enfrentar certos problemas que nos desgastam. Nessas alturas, mesmo não duvidando da minha capacidade de enfrentá-los, pergunto se me apetece gastar a minha energia com estas coisas. Mas por outro lado, sei que para fazer aquilo que gosto aguento tudo. Desistir está na última página do meu dicionário, quanto que as palavras "dúvida e cansaço" assaltam-me todos os dias. Mas nada faz com que me apeteça desistir.

Como foi trabalhar no Brasil?

Difícil e, provavelmente, a grande experiência da minha vida, mais a nível pessoal que profissional. Foi complicado estar longe de casa, num sítio onde não me senti confortável. Tenho um amigo que define os brasileiros como o Cristo: recebem de braços abertos, mas depois não os fecham, não nos abraçam. Não voltaria a repetir esta experiência por nenhum dinheiro do mundo.

Trocaria a TVI pela SIC ou RTP?

Não trabalho para canais de televisão, mas para produtoras e, neste momento, estou a trabalhar com a NBP.

Mas esta "guerra" é salutar...

Maravilhosa. Além de uma maior quantidade de trabalho vai-se puxar pela qualidade... e o caminho é mesmo esse.

Teve uma relação um tanto conflituosa com o seu pai...

Não quero falar nessa questão, mas posso dizer que agora já está tudo bem.

Com o sucesso alcançado, é a jóia da coroa da sua família?

Sempre me senti muito bem em família, com a minha mãe, os meus irmãos. O sucesso veio aumentar o estatuto no meu meio familiar. Talvez este êxito tenha resultado um pouco mais com o meu pai... a tal coisa de ver para crer. De repente, as dúvidas que durante muito tempo não lhe pude satisfazer, acabam por ser esclarecidas através do meu trabalho.

Sente-se de alguma forma vingada?

Não é esse sentimento que tenho, porque isto não tem nada a ver com outras pessoas, nem mesmo com o meu pai. O único sentimento que sobressai é o da realização pessoal. Os pais fazem sempre asneira porque imaginam vidas para os filhos e eles não podem viver a vida pelos filhos. O que fiz, fi-lo por mim e não para mostrar a ninguém.

Falou-se que tinha escrito um livro de contos eróticos. É a autora?

Não, não sou.

Qual o fundamento desses rumores?

Uns tempos antes tinha dito que gosto de escrever contos eróticos. Entretanto fui convidada para um programa da Marta Crawford, o "ABSexo", e houve uma associação de ideias.

Conhece o verdadeiro autor?

Conheço e rimo-nos muito quando falamos do assunto.


Mas os direitos de autor davam-lhe jeito...

Isso é uma ilusão. As pessoas queixam-se. São insignificantes...

E como está de amores?

Zero.

Mas é uma mulher muito sensual...

Como se vê, sou uma fraude.

Acredita no casamento?

Não. Acredito que se possam ter relações verdadeiras e sinceras, mas não acredito no longo prazo, nas promessas. Não tenho muita convicção quando se fala em romance.

Acredita em quê?

Acredito que as pessoas são conforme as circunstâncias. Por outro lado, acredito que é possível as pessoas juntarem-se e construírem coisas, mas se é a dois, a três ou a quatro... não sei. Até agora, não tenho conseguido grande coisa a dois.

Disse que tiraria a roupa se fosse bem paga.

Sim, porque se trata de um trabalho muito difícil de fotografia. Aquilo não é só tirar a roupa. É um trabalho que revela intimidade e, portanto, tem de haver qualquer coisa na minha cabeça que justifique a razão de estar a fazer esse trabalho.

Ri-se muito mas tem, por vezes, um olhar triste...

É verdade, não estou a atravessar uma fase muito feliz na minha vida. Mas não quero falar sobre isso.

É dada a depressões...

Não me posso dar a esse luxo. Não é que não as sinta a nascer, mas combato-as.

Férias são...?

Mimos a nós próprios.

Merece mimos?

Acho que sim. Também os dou e a vida é um dar e receber.

P.S: As fotos da entrevista são no Gerês, mas de momento não nos é possível publica-las aqui no blogue, talvez mais tarde.

A entrevista saiu na Revista “FLASH” há sensivelmente uma semana.

Fica o nosso agradecimento à Sónia, uma vez mais, muito OBRIGADO (A);



A actriz que dispensa apresentações!
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